terça-feira, 2 de abril de 2019

Tartaruga Tigre d'água Americana


Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Testudines
Família: Emydidae
Gênero: Trachemys
Espécie: scripta elegans

Tigre d'água Americana

São Onívoras alimentam-se de frutas, verduras, insetos, larvas de mosquitos e besouros, peixes. Possuem grande preferência para carne quando jovens devido a demanda do crescimento, quando envelhecem a demanda diminui e tendem a ser mais herbívoras.

São semi-aquáticas passam grande parte do tempo na água, mas saem com frequência da água da se secarem e expor a raios UltraVioletas para se aquecerem e absorver vitamina D3.

A Tartaruga tigre d’água americano, conhecida como tartaruga de Orelha Vermelha (OV) é considerada o quelônio de estimação mais popular que existe no mundo, sendo que diversas subespécies e a mais predominante  é a trachemys scripta elegans que é originária do sul dos Estados Unidos, no Rio Mississippi, leste do Kentucky, Alabama e Flórida, e norte do Golfo do México, sua venda já se encontra popularizada em todo mundo, só nos EUA são exportadas mais de 7 milhões de animais por ano.

O gênero Trachemys é conhecido como “tartaruga tigre” devido possuir listras na pele, semelhante ao felino, em algumas regiões são chamadas de "slider" (deslizadora) devido a rapidez por fugir dos predadores deslizando nas pedras dos rios.

No Brasil, as tartarugas mais comuns vendidas legalmente em lojas durante anos na década de 90, eram as Orelha Vermelha, hoje em dia a importação delas é restrita pelo IBAMA. Por causa dessa restrição, elas foram substituídas no mercado pet brasileiro pela Trachemys dorbigni, a Tigre d’água brasileira, a orelha amarela (OA).

Ela possui grande capacidade de reprodução e adaptação a novos ambientes, em alguns países como na Austrália, Canadá, França a importação está suspensa, pois os animais acabam fugindo do cativeiro ou acabam soltas pelos proprietários quando não as querem mais, assim começa o grande problema  quando soltas na fauna brasileira ela passam a competir com os animais semelhantes, acasalam-se com as tartarugas locais ocasionando animais híbridos, causando desequilíbrios ecológicos, podendo a levar a extinção de populações de anfíbios (girinos) que se tornam seus alimentos, pela competição por alimento, espaço e território que não as pertence.

As tartarugas da espécie Tigre d'água americano são consideradas uma ameaça para a nossa tigre d’água brasileira, podem ocasionar graves desequilíbrios ecológicos.

Inúmeras pessoas possuem a tartaruga americana em cativeiro adquirida antes de sua proibição (aproximadamente há 10 anos). Por isso, deve-se mantê-la em local adequado, salubre, que atenda suas necessidades para não incorrer em maus tratos e manter o documento de compra do animal, comprovando a legalidade e precedência.

A espécie americana tem uma diferença principal e muito evidente da espécie brasileira: a americana possui uma listra vermelha (em alguns indivíduos a cor varia para um tom laranja escuro) atrás dos olhos, o casco da americana pode ser mais escuro pode possuir leves listras negras e levemente achatado em cima. Já a brasileira apresenta uma listra amarela (clara, esverdeada clara ou levemente alaranjada).
Tigre d´água americana - detalhe da listra vermelha
                                             
Detalhe do plastrão
                                                                      
                                       No plastrão se notam círculos bem delienados.


O filhote da tartaruga americana possui o casco verde-oliva, já a brasileira tem listras amarelas e pretas, além de um verde mais vivo.

Filhote de tigre d'água americana
Elas nascem em média com um comprimento linear de casco de 3,5 cm. Após 12 meses o comprimento linear de casco acaba chegando em torno de 9 a 11 cm (em média).

O animal adulto em cativeiro atinge cerca de 30 centímetros e na natureza cerca de 40 centímetros, chegando a viver em torno de 40 anos. Existem também algumas variações de cores na espécie OV, apresentando desde casos de albinismo, de cores de tons pastéis.

Os machos geralmente são menores que as fêmeas, possuem as unhas das patas dianteiras muitos grande, desproporcionais ao tamanho das patas, cauda mais larga devido a presença do fálus, “pênis”e a parte de baixo do casco é côncava para o acasalamento.

As tartarugas de OV macho se tornam sexualmente maduras quando estão com idades entre 2 e 5 anos de idade podem chegar até 25 cm de comprimento quando adulto. Já as fêmeas levam mais tempo para alcançarem a maturidade sexual ocorrendo em torno de 5 a 7 anos de idade e com a carapaça medindo em torno de 30 a 35 centímetros.

Macho de Tigre d'água americana 

Os escudos dérmicos do casco renovam-se de tempo em tempo ou de acordo com o crescimento. Camadas de queratina parecidas com as unhas dos humanos soltam-se e revelam um casco com aspecto mais novo e cores mais vivas.


Troca de escudos dérmicos
                                       

Não possuem dentes, mas sim uma potente serrilha dentro da boca, podendo morder e cortar qualquer alimento ou coisa que lhe for ofertada.

A atividades de acasalamento, geralmente, ocorre debaixo d'água. Durante o namoro, o macho nada ao redor da fêmea e agita ou vibra o lado de trás de suas longas garras no rosto e na cabeça, possivelmente, para direcionar os feromônios para ela. A fêmea nada em direção ao macho e, se for receptiva, afunda até o fundo para se acasalar.

Assim como a brasileira elas podem carregar a bactéria Salmonella, que pode estar presente em exemplares capturados do ambiente natural. 
O manuseio e cuidados são os mesmos das demais tartarugas semi-aquáticas.

Podem ser agressivas quando pegas na mão, revidando com arranhões podendo facilmente machucar a mão de um adulto. Em geral, é uma tartaruga dotada de muita força física e mais agressividade que a brasileira.
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Elas não produzem saliva, por isso, há necessidade delas se alimentarem na água para reduzir o risco de engasgo.

Lembramos que o tráfico ilegal de animais é crime além de produzir graves danos aos ecossistemas e matam diversos animais.

Caso um dia não possa ou não queira mais manter sua tartaruga, entre em contato com alguma reserva que possa recebe-la ou com o IBAMA de sua cidade.

Nunca solte o animal na natureza ou em parques, você estará cometendo um ato ilegal e podendo condenar esse animal a morte.

 







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