A exposição da tigre d’água à luz solar é essencial, pois os
raios ultravioletas auxiliam na síntese de vitamina D3 que é responsável
pela absorção de cálcio, mineral primordial para a formação dos ossos, carapaça
e plastrão.
Outro fator é que a exposição as radiações UV’s contribuem
para uma melhor alimentação, auxilia no metabolismo, os deixa mais ativos e
resistentes, além de auxiliar na prevenção de doenças fúngicas e cicatrização de pequenos ferimentos.
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Tartarugas em banho de sol em Londres |
A luz solar, assim como, as luzes artificiais, nunca deve
atravessar vidros ou outros objetos, para que a radiação não seja filtrada por
estes ocasionando uma diminuição do aporte solar.
Se a tartaruga não puder ser exposta ao sol regularmente essa carência deve ser suprida pela iluminação artificial através de lâmpadas UVA e UVB específicas para répteis para garantir o fornecimento de radiação ultravioleta necessária ao quelônio. A necessidade de raios UVs, pode ser supridas com exposição de 2 a 4 horas diárias das lâmpadas UV’s.
Com relação ao tempo de exposição ao sol varia de cada quelônio, uns necessitam de mais que outros, no entanto, a sua exposição deve sempre seguir o critério de livre demanda, ou seja, deve-se oferecer a exposição ao sol e deixar que o animal decida quando ele irá se expor, esquentar-se, secar-se e quando tiver vontade retorne a água ou a sombra evitando o superaquecimento. A questão é garantir um ambiente onde dê opções de escolha para que ele decida qual melhor momento de sair ou não para se expor aos raios solares.
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Tartaruga orelha vermelha em banho de sol |
O superaquecimento gera uma condição fisiológica de estresse
com produção de ácido lático que irá paralisar o animal e se não revertido a
tempo o conduzirá ao óbito.
Essa situação é mais fácil quando se possui um lago em local aberto a exposição solar. Já quando a única opção é deixa-lo dentro de casa em aquaterrários, como já dito, é necessário o uso das lâmpadas UV’s.
Para tigres d’água que não tem a livre demanda de acesso ao sol,
mas seu tutor tem a possibilidade de deixa-lo ao sol por um pequeno período, a
demanda de sol pode ser suprida por uma exposição diária de 30 a 60 minutos ao
sol, sempre lembrando de garantir acesso a sombra e a água para submergir.
Vale ressaltar que mesmo em dias nublados há emissão de radiações UV’s pelo sol e pode pode-se oferecer banho de sol nestes dias.
Vale ressaltar que mesmo em dias nublados há emissão de radiações UV’s pelo sol e pode pode-se oferecer banho de sol nestes dias.
IMPORTANTE:
Quando for expor seu animal ao sol, atente-se para o local
onde irá deixá-lo. Terrenos como cerâmica, ardósia, assim como pisos como lajes
e cimento podem estar muito frio ou muito quente, fazendo com que seu quelônio não
consiga controlar a temperatura interna levando-o a um enorme estresse fisiológico
com consequências graves, irreversíveis, como o óbito. Sob condições inadequadas
um tempo maior que 15 minutos são suficientes para que ele possa vir morrer.
O ideal é deixá-lo em um terreno, substrato, com terra pois
é melhor termicamente, lembrando de oferecer um local com sombra e água.
SUGESTÃO:
Pode-se usar uma bacia, banheira, caixa organizadora com um
tamanho de acordo com o tamanho do animal, utilize água condicionada com
anticloro e pH adequados. Deixe um plataforma, pedra, tronco, tijolo para que sirva
de área seca, deixe uma parte com sombra. Pois a decisão de expor-se ao sol deve
ser do animal. Atente-se para possível fuga e possíveis predadores (roedores,
aves de rapina, até animais domésticos como cães e gatos). Filhotes menores de
15 cm de comprimento linear de casco correm maior risco.
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Caixa organizadora com área seca |
Fique vigilante com relação a temperatura dessa água, deixe
dentro do ideal (26° a 28°C), nunca deixe acima de 30°C para evitar o superaquecimento.
Muitos donos de tartarugas ficam intrigados quando seu
animal permanece por mais tempo dentro da água do que na área seca. Um fator
que pode determinar esse comportamento é a temperatura do ambiente, mas saiba
que por serem semiaquáticas elas se sentem mais seguras na água. Se a
temperatura externa está em torno ou mais que 35°C e dentro da água está entre
26° e 28°C ela ficará maior tempo devido o conforto térmico. O que devemos
fazer é garanti-las ambientes dentro dos padrões específicos e assim dar condições
de escolher onde desejará ficar.
Sempre que for deixar sua tartaruga ao sol, atente-se para não
se distrair com outras atividades e deixá-lo correr riscos desnecessários,
assim, sempre que optar pelo banho de sol fique 100% disponível para seu animal.
E sempre que passar a demanda a familiares e a terceiros passe todas as
recomendações, há relatos de animais que foram deixados ao sol por horas por
parentes, ao verem o animal quietinho ao sol acharam que ele estava se aquecendo,
feliz e o fim da história foi o óbito do animal.
Em casos de superaquecimento, retire o animal de imediato do
sol, coloque-o em uma área com sombra e temperatura mais baixa que ele se
encontrava, fazendo que retorne a temperatura ideal de forma gradativa para
evitar choque térmico. Faça hidratação gradativa de seu corpo até deixá-lo em
um recipiente com pouca água na temperatura ideal e observe seu comportamento. Se possível leve-o ao
veterinário para uma avaliação e conduta especializadas.