Tartaruga tigre d'água |
E agora...ganhei uma nova tartaruga e quero colocá-la junto com a minha, será que vai dar certo?
A inserção de uma tartaruga em um recinto seja, aquaterrário, lago, geralmente é bem tranquila.
O novo morador poderá apresentar, dependendo de sua condição de saúde e do estresse
que antecedeu sua vinda, alguns dias sem comer, normalmente acontece com os
filhotes. O importante, é garantir que o recinto esteja com os parâmetros ideais tanto da área aquática
e da área seca
Caso o tutor já tenha uma ou mais tigre d'água em seu recinto, e vai introduzir um novo, primeiramente, e por
questões de prudência, deverá deixar esse novo quelônio em
observação, em quarentena (isolado em um outro tanque com todas as condições de vida, para que seja observado seu comportamento e seu estado de saúde).
Deixar esse novo quelônio em quarentena, é necessário para checar e
determinar se esse animal não tenha alguma doença (vermes, doenças dérmicas, fungos e
bactérias no casco, gripe, pneumonia e outros) que possa colocar
em risco a saúde dos demais quelônios.
O tutor deve observar se os quelônios são da mesma espécie. As tigres d' águas americanas - orelha vermelha, além de serem proibidas em nosso território, possuem o histórico de serem um pouco mais agressivas, mas em regra geral convivem bem em grupo. Outro fator é que o cruzamento de espécies podem gerar animais com comportamentos e características diversas.
Tartarugas tigre d'água americana - orelha vermelha |
Vale ressaltar que, esse novo quelônio deve ter
aproximadamente o mesmo tamanho dos demais. Isso evitará brigas, além
de facilitar a adaptação. Quando se coloca um filhote muito pequeno junto com animal adulto, esse pode passar a perseguir o filhote levando ele a ter ferimentos, desde leves até ferimentos graves, ou mesmo comê-lo ou esmagá-lo.
O ambiente, deve ter
espaço suficiente para a quantidade de quelônios que se quer criar. Deve-se buscar manter um volume aquático de 100 a 150 litros de água no mínimo por indivíduo
adulto para mantê-los. A questão da
relação de quantidade de volume d' água por indivíduo e profundidade do tanque,
vária de espécie para espécie e o tamanho do comprimento linear do casco adulto é
a referência. Em regra geral, pouco espaço favorecerá a disputa por território ocasionando brigas, fator que estressa os animais sendo prejudicial à saúde deles.
Antes de introduzir o novo indivíduo, é recomendável
retirar os antigos membros do recinto e mantê-los em outro local por um a dois
dias. Se possível, mude a decoração do tanque (tanto área aquática e área seca). Depois, introduza todos os animais ao mesmo tempo no tanque inclusive o
novo membro (depois de ter passado pela quarentena). Isso deixará todos os quelônios em pé de igualdade com o ambiente e facilitará
a adaptação e aceitação do novo membro no grupo.
Esse fator também favorece quanto a questões
territoriais entre eles.
Essas precauções parecem exagero, mas há sempre
dificuldades quando ocorrem isso (principalmente entre adultos).
Outra fator a ser observado é que se for colocar mais que um casal de quelônios em um tanque, sempre deixe um
número maior de fêmeas do que de machos no tanque, pois isso evitará
brigas.
O olhar e a observação do tutor é muito importante, pois uma disputa ou outra por alimento, uma mordida ou outra pode acontecer, cabe o responsável perceber o excesso e o comportamento agressivo por parte de seu quelônio e intervir separando-os quando necessário. E atentar para o que provocou a situação, espaço pequeno, falta de alimento, alguma enfermidade.
Se o quelônio que estiver em quarentena apresentar alguma
patologia, trate-o antes de pôr junto aos demais quelônios. Lembre-se,
algumas doenças só se curam ao passar de anos (processo demorado de cura).
Portanto, cuidado ao adquirir ou resgatar um novo membro para seu recinto.
Cabe salientar que ao receber um novo membro seu gastos com manutenção, visitas ao veterinário irão aumentar, assim, planeje bem e veja se é viável receber mais um morador.
Portanto, essas informações não são infalíveis, mas conduzem há boas chances de sucesso. Há poucos
casos de sucesso em que as pessoas não fizeram nada disso, e introduziram o
quelônio diretamente, porém, a grande maioria tem problemas nesse processo. E
problemas geram despesas como consultas com veterinários, medicamentos... e muita dedicação para resolver as dores de cabeça, por falta
inicialmente de não ter tomado o cuidado, por exemplo, de fazer uma simples
quarentena.
Prudência, bom senso não fazem mal...