As tartarugas são ectotérmicas
e, basicamente, significa que o ganho de temperatura corporal do animal ocorre
através de fontes de calor externas, assim, podem atingir um grau considerável
de estabilidade da temperatura corpórea por meio da regulação da troca de
energia térmica com o ambiente.
Esquema de rotas de aquecimento |
A temperatura do ambiente afeta a temperatura corporal e, consequentemente, o comportamento do animal como metabolismo, podem acelerar a digestão, o crescimento e o desenvolvimento dos ovos.
Devido à temperatura corporal ser um dos fatores mais importantes na relação entre o animal e ambiente, grande parte das atividades diárias é gasta em interações entre animal e ambiente térmico.
A perda e o ganho de calor por um indivíduo depende tanto do habitat quanto da atividade que esteja realizando no momento, sendo que a regulação da temperatura corpórea pode envolver o controle do período de atividade e o deslocamento entre locais mais frescos (sombreados) e mais quentes (insolados). Assim, a manutenção da temperatura corpórea dentro de limites adequados ao seu metabolismo é fundamental para a sobrevivência do indivíduo
As temperaturas corporais de tartarugas que se aquecem ao sol são mais elevadas do que as temperaturas da água e do ar. Além disso, o aquecimento aéreo pode auxiliar as tartarugas aquáticas a livrarem-se de algas.
A energia é trocada entre um quelônio terrestre e seu ambiente de muitas maneiras. Pequenos ajustes de postura ou posição podem mudar a magnitude de várias rotas de troca de energia e dar ao quelônio considerável controle de sua temperatura corpórea.
Por isso é comum observarmos muitos quelônios usando mecanismos comportamentais que permitem a regulação da temperatura corporal como por exemplo esticar as patas aumentando a área de superfície do corpo para absorção de calor, ou contrário, se expondo menos quando precisam de menos calor.
Tigre d'água assoalhada sub fonte de calor |
Um estudo que avaliou a ecologia térmica dos quelônios do rio Kuluene, Mato Grosso, apresentou resultados que mostraram que mais de 97% dos indivíduos de Phrynops geofroanus e Podocnemis uniflis apresentaram uma faixa de temperatura preferida que variou de 24,31 a 30,61ºC.
Neste sentido, todo o calor presente no corpo de um quelônio provém do meio no qual o indivíduo se encontra. Estas fontes de calor podem ser a radiação solar que incide diretamente sobre o corpo do animal, ou aquela que é refletida por rochas, areia ou até mesmo galhos de uma árvore e para àqueles em cativeiro por meio de Lâmpadas especificas para répteis.
Sempre que deixar o quelônio no chão (fora da área
aquática), não é recomendável deixa-lo sob piso frio ou cimento cru, o recomendado,
é um substrato de terra (pois é melhor termicamente). Deixe também uma área com
acesso à sombra e água para se hidratar. Se o quelônio ultrapassar de 15
minutos no Sol e sob pisos inadequados para se refugiar (sem água e sombra),
provavelmente, ele irá morrer superaquecer, ficará imóvel, até vir a óbito, atenção maior aos filhotes.
Caso chegue a uma situação de superaquecimento, retire-o imediatamente do Sol, deixe em uma área com sombra e com temperatura levemente mais baixa (vá baixando a temperatura gradativamente até chegar a temperatura ideal recomenda) para evitar choques térmicos.
Faça a hidratação dele (molhe-o ou deixe em recipiente com pouca água), e posteriormente deixe-o quieto por um tempo para ver se reage aos procedimentos. Caso reaja e se estabilize, se possível, leve a um Veterinário de Animais Exóticos e Silvestres para fazer uma avaliação e tomar as devidas providencias para restabelecer sua plena recuperação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário.